Aline, ainda menina, vivendo a adolescência, projetava o seu futuro, curtindo o seu presente.
Nos labirintos da vida, seguindo passos a dentro, sonhava ser professora, enquanto aguardava o momento.
Porém, o destino foi duro, com aquela pobre menina, que ao despertar do desejo, foi vítima do descaminho.
No vai e vem da escola, ao conhecer um rapaz, provou as delícias do amor, e as consequências que ele trás.
Naquele fértil momento, de entrega ao amor, seu ventre foi fecundado, ato que sequer sonhou, e muito menos o preparou-se.
Enquanto desenvolvia-se, em seu ventre a nova vida, Aline na a sua inocência, com a boneca, brincava e sorria.
Mas quando chegou o dia, não pode mais esperar, vivendo ainda a infância, inexperiente a luz, ela veio dar.
Mas, ao dar a luz recebeu, da parte dos familiares, desprezo e humilhação, invés de solidariedade.
Não suportando o desprezo, e a dor da humilhação, saiu de casa com o filho, implorando compaixão.
Bateu de porta em porta, trazendo o filho nos braços, chorou como criança, buscando o trabalho e o pão.
Um dia, porém, a vida, quando ela menos esperava, deu lhe o belo presente, que à muito, anciosa esperava.
Ao conhecer um rapaz, honesto e trabalhador, ele, além de dar-lhe dignidade, deu lhe amor e valor.
Juntos, construíram um lar, com muito amor e respeito, externando tudo de bom, que traziam dentro do peito.
Assim… Aline, hoje vive, ao lado do seu amado, dando aos filhos queridos, o apoio, que à ela, pelos pais foi negado.
Aline… Quantas Alines? Existem no mundo assim!? Andando por ruas e becos, sonhando sonhos sem fim.
Buscando um lugar ao sol, para que possam viver, com dignidade e amor, vendo seus filhos crescerem.
Autor: Ademildo Teixeira Sobrinho